O maior festival de mulheres negras da América Latina estreia na capital paulista trazendo programação gratuita com mesas de debates, oficinas, música, feira e muito mais
O Latinidades – Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha faz sua estreia em 2019 em São Paulo. Pela primeira vez uma edição inteira acontecerá fora de Brasília, onde o evento vem sendo realizado há mais de uma década. A 12ª edição será entre os dias 23 e 27 de julho, no Centro Cultural São Paulo com programação gratuita variada e festa de encerramento com shows na Casa Natura Musical, a única atração com venda de ingressos.
O evento consolidou-se como o maior festival de mulheres negras da América Latina, promovendo diálogos fundamentais e um intercâmbio cultural entre estados brasileiros e países. Mais do que um festival, a iniciativa tem sido uma plataforma de impulsionamento de trajetórias de mulheres negras nos mais diversos campos de atuação.
O Latinidades pauta o fortalecimento de identidades, da formação política e técnica, do empreendedorismo e estímulo à produção artística, cultural e intelectual de mulheres negras. A programação oferece mesas de debates, vivências, oficinas, shows, feira e, principalmente, muita reflexão. A abertura do festival no CCSP traz a força dos tambores femininos do bloco Ilú Obá De Min.
Todas as atividades precisam de pré-inscrição pelo site https://www.afrolatinas.com.br/
A edição de 2019 traz o tema Reintegração de Posse. Uma inspiração que vem da historiadora, multiartista e ativista Beatriz Nascimento, do quilombo urbano Aparelha Luzia e da sua idealizadora, Erica Malunguinho. Reintegração de Posse é o tema pensado para refletir sobre tudo aquilo que foi contribuição da população negra nas ciências, na tecnologia, nas artes, na política e em todos os campos do conhecimento e, assim construir, coletivamente, caminhos para o futuro livre de racismo, sexismo, LGBTfobia e outras formas de opressão.
Latinidades é realizado pela Griô Produções e Instituto Afro Latinas, em parceria com diversas organizações sociais e redes de mulheres negras no Brasil, África e América Latina. Tem apoio do Centro Cultural São Paulo, Oxfam, Fundo Elas, Casa Natura, Instituto Vladmir Herzog e Cese.